Aumento do diesel interfere nas lavouras de MT 2v5r41

Colheita da soja, plantio do milho e frete são prejudicados pelo preço do combustível 436o16

A colheita da soja está quase no fim, faltam apenas 1,19% da área plantada a ser colhida, em Mato Grosso. Enquanto isso, o plantio do milho avança na mesma proporção. Para fazer as duas safras, o produtor usa cerca de 100 mil litros de óleo diesel.

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Custo das propriedades aumentam 10% com o aumento do diesel. (Foto: Juacir Rodrigues/ TVCA)

Só que o preço do combustível tem deixado o produtor preocupado. Neste mês de março, o valor do óleo diesel subiu quase 25% nas refinarias e encareceu bastante o custo da lavoura.

Para se ter uma ideia, uma colheitadeira consome 500 litros de diesel por dia. No mês ado, este equipamento gerava uma despesa diária de R$ 2,5 mil. Agora, a despesa é R$ 3,5 mil.

De acordo com os agricultores, cerca de 10% dos gastos anuais de uma fazenda são com o diesel. E o aumento no combustível deve gerar, segundo os produtores, 50% de reajuste nas despesas gerais das propriedades.

colheitadeira

Para não encarecer ainda mais todos os processos o jeito tem sido buscar alternativas. Uma delas é usar tratores que consomem menos combustível.

Diesel no frete 222gv

Da porteira pra fora, o alto valor do diesel também impactou a vida de quem trabalha com o transporte de grãos e insumos.

O motorista Sérgio Hack conta que antes gastava R$ 4,2 mil para encher o tanque, agora gasta de R$ 6 mil a R$ 6,3 mil. Já Miqueias Dionizio, que também é motorista diz que o valor do combustível reflete diretamente no frete.

“Tá meio complicado né, frete barato demais, diesel subiu, complicado pro dono do caminhão e para o motorista”, disse ele.

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Preço do frete também tem reflexo do diesel. (Foto: Alexandre Perassoli/ TVCA)

O custo também se tornou alto para as transportadoras. Santo Nicolau Bissoni explica que na transportadora dele há 220 caminhões. Neste mês, o custo geral da empresa subiu 35%, pois, junto com o diesel, subiu o preço de peças, pneus e seguros.

“O frete aumentou em torno de 15% para compensar o aumento do combustível. O custo que mais pesa realmente é o combustível e com esse aumento significativo e acumulado que aconteceu esse ano todo nós estamos com os nossos fretes defasados e precisaria de um aumento melhor”, comentou.

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