Alfredo da Mota Menezes

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Cidades do garimpo de diamantes 3p23n

O tempo ou e os antigos garimpos de diamantes hoje tem um IDH menor que a média do estado. Abaixo de lugares de produção agropecuária 451i6

Garimpos de diamantes ajudaram a povoar lugares diferentes do estado. O chamado antigo leste de Mato Grosso, como Guiratinga, Poxoréu, Alto Garças, Alto Araguaia, tiveram no garimpo a maneira de fixar muita gente por ali. O mesmo pode ser dito para Alto Paraguai, Nortelândia, Arenápolis, Diamantino em outra região do estado.

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Alfredo da Mota Menezes

A maior parte das pessoas para esse tipo de garimpo veio do Nordeste. Da Bahia, como exemplo, multidões da Chapada Diamantina vieram para cá. Traziam seus costumes, linguagem, música, gastronomia. Tiveram momentos de muito ganho de dinheiro.

Diversão com jogos de cartas, cabarés, bebidas, danças, faziam parte daquele momento também. Famílias, com casamentos ou não, foram surgindo em união de mulheres e homens de lugares diferentes do país.

Alguns entendem que esse relacionamento exogâmico pode ser melhor geneticamente que o endogâmico. Ou aqueles lugares em que as pessoas e famílias viviam juntas por muitos anos, casando entre si, até mesmo entre primos e primas.

O tempo ou e os antigos garimpos de diamantes hoje tem um IDH menor que a média do estado. Abaixo de lugares de produção agropecuária.

No geral, terras dos antigos garimpos são acidentadas, não próprias para agricultura extensiva pela dificuldade de se trabalhar com máquinas. Exceção hoje para municípios como Altas Garças e Diamantino que tem terras melhores para agricultura.

Poxoréu, como outro exemplo, tinha terras no cerrado. Não se dava importância para o cerrado antes. Lugares como Primavera do Leste, que nasceu do município de Poxoréu, tem hoje uma pujante agricultura pela descoberta da semente adequada para a soja no cerrado. E o IDH daí é maior que o do antigo “dono” daquelas terras, antes vistas como improdutivas.

O maior problema das regiões antigas de garimpos é a falta de empregos. A migração foi uma constante para tantos jovens em busca de trabalho em outros lugares. Mas hoje os municípios estão encontrando outros meios de sobrevivência. A pecuária, por exemplo. Laticínios também.

Sugestões não faltam. Talvez fosse interessante diferentes tipos de frutas. Quem sabe ainda criação de peixes, essas regiões têm muitos lagos e riachos. Pela paisagem, gastronomia, música, linguajar e folclore, o turismo pode ser alternativa de ganho também.

Buscar até exemplos em outros lugares de garimpos, como em Minas Gerais. O que o povo e governo dali fizeram para gerar emprego para sua população? Talvez a Associação Mato-grossense dos Municípios pudesse patrocinar um trabalho nessa direção com apoio do governo do estado.

A AMM poderia, com a aprovação daqueles municípios, promover encontros e debates sobre a realidade desses municípios, trazendo até exemplos de outros lugares que tiveram vida parecida com os antigos garimpos de diamantes no estado. Ou seja, buscar alternativas novas e diferentes de emprego e renda, senão a distância entre os antigos garimpos e as cidades do agro vai continuar aumentando.

Na parte politico-eleitoral não há uma movimentação maior da classe politica em direção a esses municípios. A quantidade de votos, se comparado com outros lugares do estado, é menor. Daí talvez a histórica indiferença em encontrar alternativas para ajudar esses municípios.

Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Alfredo da Mota Menezes , e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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