Destruição dos trilhos do VLT já causou prejuízo de R$ 89 milhões 1g231g

O ferro usado na construção dos trilhos do VLT vieram da Polônia e a borracha importada da Itália, agora, estão sendo retirados por máquinas pesadas. 31q2q

A desistência do Estado de Mato Grosso de construir o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) levou à destruição de trilhos que custaram R$ 88,8 milhões, pelos cálculos do Consórcio VLT Cuiabá.

Além dos trilhos, ainda é incerto o futuro de 280 vagões que transportariam 170 mil pessoas por dia, que vieram da Espanha, avaliados em quase R$ 500 milhões.

Trilhos do VLT sendo retirados em Cuiabá e Várzea Grande.
Trilhos do VLT estão sendo retirados em Cuiabá e Várzea Grande. (Foto: Reprodução)

Os vagões não aram da fase de testes. Eles continuam no mesmo lugar, preservados pelo consórcio que implantaria o VLT. O engenheiro de testes, José Raimundo dos Santos, afirma que é feito todo trabalho de preservação dos veículos.

“A gente faz toda a manutenção nos veículos, tanto a parte de zeladoria, manutenção preventiva, testes, engraxamento e lubrificações. amos todos esses relatórios, e protocolamos na Sinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística) do Governo do Estado de Mato Grosso”.

O ferro usado na construção dos trilhos veio da Polônia, e a borracha importada da Itália, agora estão sendo retirados por máquinas pesadas.

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A cuidadora Raquel Souza Silva destaca que desistir da obra é jogar muito dinheiro fora.

“Isso aí é um dinheiro jogado fora. Quem está pagando somos nós, né? São tantos ferros ali que arrancaram, tanta coisa que estragaram. Pra que isso? Isso aí é um dinheiro que nós vamos pagar”, disse.

Dos 22 quilômetros de trilhos previstos no projeto, 6 quilômetros estavam prontos na Região Metropolitana de Cuiabá. Agora, quase tudo isso, segundo o consórcio responsável pela obra, deve ser jogado fora. Com a destruição, já são quase R$ 89 milhões desperdiçados só em trilhos, pelos cálculos do consórcio.

História do VLT 3f4b2m

O VLT era uma das obras para Copa do Mundo no Brasil, em 2014. A construção parou naquele mesmo ano, depois que a PF (Polícia Federal) e o Ministério Público denunciaram corrupção e desvio de dinheiro.

O então governador Silval Barbosa chegou a ser preso e fez delação premiada. A obra já custou R$ 1 bilhão. O consórcio, numa estimativa feita há 5 anos, calculava que precisaria de mais R$ 922 milhões para terminar.

Depois de todo o investimento, o Governo do Estado decidiu trocar o modal de transporte, de VLT para BRT.

O VLT é um trem de superfície movido a energia elétrica. Já o BRT, é o serviço de ônibus que usa corredores exclusivos. O governador Mauro Mendes garantiu que foi feito um estudo e o BRT se mostrou mais eficiente.

“Fizemos um estudo muito profundo com a participação de entes federais, do estado, de prefeituras e chegamos à conclusão de que o BRT é moderno e eficiente e vai custar praticamente a metade do preço que nos gastaríamos só pra terminar o VLT”.

Estação de BRT
VLT foi trocado por BRT pelo governo do estado.

O coordenador de mobilidade urbana do Idec (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor), Rafael Calabria, diz que a troca de VLT pra BRT é um retrocesso.

“Os benefícios que o trilho traz em sustentabilidade, em capacidade de ageiros, e na diversidade de opção à cidade, são muito melhores do que no BRT, então, o investimento um pouco maior se justificaria (…) ainda mais no caso de Cuiabá, que já começou a obra, já estava adiantada pra finalizar. O BRT, além de uma opção errada, vai ser um desperdício de dinheiro público”, afirmou.

A licitação do BRT já foi feita, mas o Ministério Público de Mato grosso investiga supostas irregularidades na licitação. A denúncia foi feita pela Prefeitura de Cuiabá, que é contra a mudança.

“Não há o menor bom senso em dizer com o BRT, que está começando do zero, é mais barato que o VLT que já tinha 70% das obras executadas e boa parte dos seus recursos pagos”, disse o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro.

Quem usa o transporte coletivo, hoje feito apenas por ônibus, reclama.

“Tem que ter qualidade, ajuda, porque a gente entra no ônibus assim, aquele calor. A gente que tem pressão alta, tem tudo… Estou vendo a hora de a gente ter o ‘piripaque’. Eu espero que saia logo. Que a gente possa usar, ter mais um pouco de conforto”, completou Raquel.

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