O premiado produtor musical que não toca nada 3o1n3c
É possível ser um produtor musical com 5 Grammy’s e não ter conhecimento técnico sobre música? 715m5s
Nosso texto vem pra dar esperança à você que é apaixonado por música e só não investiu na carreira porque a música está sempre no tom e você no Jerry. Você que não compreende como é possível assoviar e bater palmas ao mesmo tempo, mas se sente parte desse mundo fascinante da música e se expressa comprando camisetas de banda.
Um dos produtores musicais mais bem-sucedidos do mundo trouxe a fagulha que o seu sonho precisava para reascender e te transformar numa engrenagem da indústria da música. Você, afegão médio, pode ser um produtor musical.
Vou te apresentar Rick Rubin:
Rick tem 59 anos, é americano, tem 5 Grammy’s na estante, produziu nomes como Red Hot Chili Peppers, Adele, AC/DC, System Of a Down, Mick Jagger, Johnny Cash, Shakira, U2, Linkin Park, Justin Timberlake… (a lista de estrelas é longa) e revelou em 2023 que não tem conhecimentos técnicos sobre música e que mal toca algum instrumento. Isso foi dito durante uma entrevista para o programa de TV americano “60 minutes” da CBS.
O que Rick revelou nessa entrevista, fala muito sobre criatividade. O quanto a criatividade é poderosa, diversa e complexa.
É possível alguém sem conhecimentos técnicos sobre determinada área se tornar um especialista? Se a criatividade for a base dessa área, sim. Dentro das artes isso acontece com uma certa frequência. Quentin Tarantino por exemplo, não ou por uma universidade de cinema e é um dos maiores diretores do mundo.
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Funções como a de diretor e de produtor musical, estão ali pra fazer com que todos os elementos de uma obra trabalhem em conjunto de uma maneira a provocar determinado efeito no público. E o que é preciso? Bom gosto. E o que é bom gosto? Bom, isso é difícil de definir, mas, eu tenho certeza que ter um bom gosto não é gostar de música clássica ou ouvir jazz e Beatles. Nesse contexto da produção musical, existem arranjos de bom gosto pra funk, pra pagode, pra rock, pra sertanejo e pra todos os gêneros musicais. O produtor precisa ter essa sensibilidade. Rick Rubin, quando defende seu sucesso no mercado mesmo sem saber tocar, diz: “a confiança que eu tenho no meu gosto, e minha habilidade de expressar o que eu sinto, tem se provado útil para os artistas.” Rick conta que o que ele sabe é: o que ele gosta e o que ele não gosta, com precisão.
É claro que Rick é uma gigante exceção no mercado. Ele tem uma maneira muito particular de pensar a música, muitas vezes, na contramão de tudo o que já havia sido pensado antes. Ele defende, por exemplo, que o público venha por último no processo criativo. Não se deve pensar no público na hora de produzir uma música. É isso que um dos maiores produtores musicais do mundo concluiu. E o argumento dele pra defender essa tese (e que eu concordo plenamente) é que o público não sabe o que quer.
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Questionado se toda a indústria da música não foi construída sobre a ideia de tentar descobrir o que as pessoas gostam, Rubin respondeu: “Talvez pra alguém pode ser assim, mas não é pra mim”.
O poder do Rick é a criatividade. Ele defende a ideia de que criatividade te faz melhor em todas as áreas da vida. Ela te faz um melhor funcionário, um melhor empreendedor, um melhor marido, uma melhor esposa e pode até te transformar em um ser humano que nunca imaginou ser capaz de ser.
Criatividade é uma maneira de olhar pro mundo. É fugir do comum, é não se contentar com a correnteza e nem aceitar as respostas que já foram dadas. Criatividade é ter coragem de dizer que 2 + 2 pode ser 5 e inventar um bom argumento pra defender isso. Criatividade é se abrir para sentir o mundo e responder aos impulsos sem preconceitos. Criatividade é ser sem estar. É acreditar que tudo o que podemos pensar, podemos realizar.
E se você está pensando “Ahhhh, mas eu não sou uma pessoa criativa”. Esse problema também tem solução. Dá uma olhada nas redes sociais desse cara @Murilogun. Ele é um ex-humorista que virou professor de criatividade. Tem muito conteúdo legal, de graça, ensinando a teoria e a prática da criatividade.
Outra dica é o livro do Rick Rubin, nosso produtor musical que não sabe de música. “O modo criativo: Um jeito de ser”. Esse você vai precisar comprar por aí.
