Unânime: STF decide que Trutis será julgado por atentado fake 2i4v58

O deputado federal foi até a Polícia Federal em fevereiro de 2020 com o carro cravejado de tiros e alegou ter sofrido um atentado. As investigações comprovaram que o crime não aconteceu 6w2u3i

Com onze votos, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram que o deputado federal Loester Trutis (PL-MS) será julgado por ter forjado o próprio atentado em 2020, na cidade de Campo Grande – capital de Mato Grosso do Sul. A votação começou no dia 5 de agosto e terminou às 23h59 dessa segunda-feira (15) com todos a favor de levar o caso à justiça.

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Trutis com arma na mão em foto postada em suas redes sociais (Foto: Arquivo Pessoal)

Trutis foi até a sede da Polícia Federal em fevereiro daquele ano com o carro cravejado de tiros e alegou ter sofrido um atentado na BR-060, entre Sidrolândia e Campo Grande. Ao fim das investigações, foi concluído que o deputado mentiu sobre o crime e forjou ter sido atacado por pistoleiros. Por isso, foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

No STF, a relatora do inquérito, a ministra Rosa Weber, afirmou que o processo tinha indícios suficientes de que o deputado tentou explorar o episódio politicamente para promover bandeiras como porte de armas e a autodefesa por civis. Todos os ministros concordaram e votaram para Trutis ser julgado pelos crimes.

No dia 12 de agosto, segundo dia de julgamento, a maioria dos ministros já haviam concordado em tornar o deputado réu por comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo. Na tarde dessa segunda-feira, o resultado da votação apenas confirmou o julgamento de Trutis.

Os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Luiz Fux, André Mendonça, Nunes Marques, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, acompanharam o voto da relatora.

Eleito em 2018, o deputado foi um dos principais apoiadores de Jair Bolsonaro em Mato Grosso do Sul e sempre defendeu o armamento da população. Ele está em seu primeiro mandato na Câmara e já ocupou a vice-liderança do governo na Casa. Nesta terça-feira, dia 16 de agosto, “deu início” a campanha para o presidente em sua redes sociais, mas não comentou a decisão do Supremo.

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No ano ado, Trutis afirmou que foi vítima de uma “emboscada” na BR-060 enquanto seguia para agenda política. Ele estava em um carro conduzido por um assessor, quando foi alvo de disparos.

Depois disso, o próprio deputado postou imagens do carro nas redes sociais e foi direto à Superintendência da Polícia Federal, onde formalizou a denúncia de suposta tentativa de homicídio. Durante a investigação, no entanto, Trutis ou de vítima para investigado. Perícias confirmaram que toda a história havia sido forjada por ele.

Diante disso, a Procuradoria-Geral entrou com pedido para que o deputado respondesse pela “simulação” da tentativa de homicídio. Na época, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, defendeu que Loester tentou explorar politicamente o fato, uma vez que fez diversas postagens relacionando o falso atentado com a bandeira do armamento.

“O parlamentar, ao noticiar o episódio, atribui ao porte de arma a ausência de lesões e, até mesmo, o escape da “morte”; e, ainda, ele aduz ter sido “vítima’ em razão de embates políticos no Estado de representação, vislumbra-se a conexão dos fatos apurados com a atividade parlamentar”, escreveu na denúncia enviada ao STF.

Trutis sempre negou. Chegou a falar que o inquérito da PF tem motivação política e que às autoridades locais induziram a procuradoria e a ministra Rosa Weber a erro. “A investigação é cheia de erros grosseiros o que leva a acreditar que também há interesse em proteção do verdadeiro culpado”, alegou.

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