Veja o que se sabe sobre o caso Paccola 4c3p58

Paccola responde na Justiça por homicídio qualificado. Confira o que se sabe até o momento. 4k60k

O vereador de Cuiabá Marcos Eduardo Ticianel Paccola, 37 anos, mais conhecido como tenente-coronel Paccola, foi cassado pela Câmara de Cuiabá nesta quarta-feira (5), por 13 votos a 5. Os parlamentares entenderam que houve quebra de decoro pelo assassinato, com três tiros pelas costas, do agente do socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, em julho de 2022.

Marcos Paccola
Marcos Paccola é vereador e tenente-coronel da PM

Veja o que sabe do caso até o momento: l3z2n

O crime ocorreu no dia 1º de julho, no bairro Quilombo, na Capital, e foi registrado por câmeras de segurança. Paccola atirou em Miyagawa durante uma confusão em frente a uma distribuidora de bebidas.

Câmera de monitoramento flagrou o assassinato do agente pelo vereador Paccola. (Vídeo: Reprodução)

O vereador alegou que agiu em defesa da namorada da vítima, que estaria sendo ameaçada.

Imagens mostram quando o carro dirigido pela namorada do agente para no meio da rua e a porta do carona é aberta, interrompendo o trânsito.

Na sequência, o veículo estaciona à direita e segundos depois, a condutora caminha pela calçada em direção à distribuidora. Veja:

Primeiro vídeo divulgado após a morte do agente.

Cerca de três minutos depois, o agente chega perto da namorada, levanta o braço e toca o pescoço dela que empurra o braço dele e o afasta. Ela ainda se esquiva de outra tentativa de contato dele e a confusão continua.

Um minuto depois, Miyagawa segura um objeto na mão direita e as pessoas se afastam. Ele levanta a mão direita para o alto e uma mulher que estava ao lado dele se afasta. Em seguida, o agente abaixa a mão e caminha em direção ao carro. Paccola aparece na esquina, mira e atira três vezes, acertando Alexandre, que cai no chão. Veja a ação:

Vídeo mostra toda sequência.

Já no dia 4 de agosto, a vereador Edna Sampaio (PT) ingressou com pedido de cassação do vereador Paccola, por quebra de decoro parlamentar.

Investigação o5o56

A Polícia Civil iniciou as investigações sobre o caso logo após o caso. O laudo da perícia apontou que a vítima foi atingida por três disparos de arma de fogo pelas costas. De acordo com o laudo pericial, um dos tiros não provocou ferimentos graves

O inquérito produzido pela PJC pediu o indiciamento de Paccola pelo crime de homicídio qualificado por recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Denúncia 3x1d2b

Em seguida, o Ministério Público denunciou o vereador por homicídio qualificado e defendeu que o crime foi cometido mediante utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por motivo torpe.

Os promotores de Justiça que integram o Núcleo de Defesa da Vida relatam que as análises do laudo pericial e dos depoimentos de testemunhas confrontados às imagens de câmeras existentes no local demonstram que “em nenhum momento a vítima agrediu ou ofendeu quem quer que lá estivesse”

A Justiça aceitou a denúncia e marcou a primeira audiência do caso para o dia 31 de outubro, às 14h.

Cassação 722q3s

Paccola teve o mandato cassado pela Câmara de Cuiabá nesta quarta-feira (5). Foram 13 votos a favor, 5 contra, 3 abstenções e 4 ausências. O parlamentar foi julgado em sessão extraordinária por quebra de decoro parlamentar, pelo assassinato, com três tiros pelas costas, do agente do socioeducativo Alexandre Miyagawa.

Veja como votou cada vereador

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