Botelho diz que sistema espião é útil contra criminosos 4h2u45

A compra, sem licitação, de um equipamento capaz de detectar a localização de usuários da rede 2, 3 e 4G está gerando debate entre os políticos e juristas. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), por exemplo, saiu em defesa do uso do aparelho pela Segurança Pública, sob a justificativa de que crimes que chocaram a sociedade estão sendo desvendados e os seus autores presos devido ao uso do equipamento.

Ele descartou que haja risco de ocorrer uma versão da Grampolândia Pantaneira, esquema de espionagem descoberto na gestão Pedro Taques.

O equipamento em questão é o GI2S, comprado da empresa Conyte pelo valor de R$ 4,670 milhões. O equipamento usa tecnologia de localização de rede de celular para encontrar pessoas.

“Esse aparelho não intercepta ligação, simplesmente faz [o rastreamento] da localização. Faço uma pergunta a quem questiona: Você quer que ache rapidamente um bandido ou não? Se quiserem a rápida localização usem o aparelho, se quiser ser favorável ao bandido largue o aparelho”, diz.

Em seguida, Botelho citou casos que aconteceram no último mês e que chocou a população de Mato Grosso, como a chacina de Sinop; a morte do assessor parlamentar do deputado Wilson Santos (PSD) e a morte de jovem no bairro Pedra 90, na semana ada.

“A população tem que entender que queremos uma polícia eficaz, rápida e atuante. O aparelho não grava ligação, não pode gravar”, defendeu.

Segundo ele, cerca de 15 estados também usam o aparelho capaz de encontrar a localização dos usuários. “Eu não vejo nada demais, só para a segurança pública, somente nesses casos”, disse.

Botelho afirmou ainda que os policiais civis precisam seguir um protocolo de uso, e cada vez que o equipamento é usado é preciso fazer uma justificativa. “Tem que encaminhar para o Ministério Público e ao Poder Judiciário, e fica tudo documentado”, destacou.

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Segundo informação publicada pelo jornal O Globo, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), durante os três primeiros anos do governo Bolsonaro, usou um sistema secreto para monitorar até 10 mil proprietários de celulares a cada 12 meses.