Criança morre e família acusa negligência hospitalar em Campo Grande 2y6x57
Acidente aconteceu após um portão cair sobre a menina 2y2cc
Emanuelle Viana Rochete, de 5 anos, morreu na noite da última quinta-feira (29) depois de sofrer um acidente doméstico, quando um portão caiu sobre sua cabeça enquanto brincava em casa, no Jardim Aeroporto. A Polícia Civil investiga suspeita de negligência e omissão de socorro por parte da Santa Casa de Campo Grande no atendimento prestado a criança.

Segundo o relato do pai em depoimento à polícia, no domingo (25) Sophie brincava dentro de casa com outras crianças, quando todas saíram correndo para pegar doces. Uma delas abriu o portão de entrada, do tipo ‘correr’, e ao puxá-lo, o portão se soltou do trilho e caiu sobre a criança.
A menina foi levada até a UPA ( Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, mas devido a gravidade, foi transferida para a Santa Casa, onde deu entrada na segunda-feira (26). No hospital foi feito raio-x e concedida alta médica em menos de quatro horas depois.
No documento entregue à família, a médica que fez o primeiro atendimento informou que ‘Não encontramos evidências que indicam que o trauma crânio encefálico foi grave. Entretanto novos sintomas e complicações inesperadas podem desenvolver-se horas ou mesmo dias após o trauma. As primeiras 24 horas são as mais cruciais e a criança deve permanecer junto a acompanhante confiável pelo menos durante este período’.
Ainda cita possíveis sintomas que podem aparecer e que a família deve ficar atenta, como sonolência, vômitos, convulsão, dor de cabeça, fraqueza, pulso lento, entre outros.
A criança voltou para a casa, mas após algumas horas ou mal e retornou para o hospital, onde foi realizada uma tomografia constatando uma lesão no crânio, fazendo com que a menina ficasse em observação.
Ainda segundo a denúncia, foram longos períodos de espera sem atendimento. A menina apresentou piora e quando a equipe médica chegou, o estado de saúde já era considerado grave. Sophie teve duas paradas cardíacas e não sobreviveu, o óbito foi constatado na noite de quinta-feira (29). A família acusa a equipe médica de omissão de socorro.
Na certidão de óbito, a causa da morte aparece como ‘hemorragia subaracnóidea, hematoma subdural, fratura parietal direita, impacto por objeto em queda’.
Nas redes sociais, a tia da criança publicou a indignação da família.
“Ao acordar, [segunda-feira] ela estava com muita dor na cabeça, o remédio vomitava, febre de 39 graus, retornamos a santa casa, onde queriam novo pedido de Upa para atendê-la , disse que não tinha e que não iríamos, pois a médica sequer deixou a menina em observação após um trauma na cabeça”, escreveu Vailza Viana.
No segundo atendimento, conforme a tia, o problema continuou. “O rosto dela começou a inchar todo, e não pediram uma ressonância para ver a situação interna da cabecinha dela, ao ar dos dias, ela reclamando de dor, eles receitaram até morfina de tanta dor que ela estava sentindo, deixaram minha sobrinha ir morrendo aos poucos”, publicou.
O que diz o hospital 421a1j
Em nota, a Santa Casa de Campo Grande informou que está acompanhando o caso desde o momento do óbito, prestando solidariedade à família. Afirma, ainda, que todas as condutas e decisões adotadas estão sendo avaliadas e reavaliadas internamente.
E que Sophie ou por diversos exames e foi submetida a avaliações realizadas por diferentes profissionais e especialistas, tanto na primeira quanto na segunda agem pelo hospital.
“No primeiro atendimento, após um período de observação rigorosa e sem sinais preocupantes, a paciente recebeu alta. Cerca de 10 horas depois, houve um retorno ao hospital, já com um quadro de piora, sendo prontamente atendida novamente”, diz a nota.
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O corpo foi encaminhado para necropsia.
“Seguimos acompanhando de perto o desenrolar da situação. Permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos sobre os fatos. Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e com a prestação de um atendimento de qualidade à população. Mais uma vez, lamentamos profundamente o ocorrido e nos solidarizamos com os familiares e amigos”.
O caso foi registrado como morte por causa indeterminada e segue em investigação.