Dona de boate é presa por cárcere privado e exploração sexual de menor 10265o

A dona e uma funcionária de uma boate foram presas na terça-feira (10), em Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá, suspeitas de aliciarem, manterem em cárcere privado e explorarem sexualmente uma adolescente de 15 anos. As suspeitas têm 30 e 18 anos, respectivamente.

A Polícia Civil chegou ao caso após receber denúncia de que uma menor de idade natural de Rio Branco (AC) vinha sendo mantida em cárcere privado em uma casa noturna.

Os policiais foram ao local, no bairro Jardim das Palmeiras, e constataram que as duas mulheres traziam adolescentes de outros estados para se prostituírem nos estabelecimentos da dona da casa noturna. Ambas já prestaram depoimento à polícia.

Informações preliminares são de que a adolescente foi aliciada em Rio Branco pela jovem que trabalha com a dona da boate. Para atrair as vítimas, ela fazia promessas de que ganhariam bastante dinheiro trabalhando como garotas de programa em Campo Novo do Parecis.

A vítima chegou na cidade no domingo (8) com poucas roupas e foi orientada a fazer compras em uma loja do marido da dona da boate. Lá, a menor de idade gastou R$ 790, dívida que seria abatida nos programas que seriam realizados por ela.

Nos três dias em que ficou na cidade, a adolescente fez dois programas sexuais e no dia 10 disse que queria voltar à cidade natal, mas a aliciadora afirmou que isso só seria possível depois que a dívida fosse paga.

As duas mulheres foram autuadas por favorecimento à prostituição ou outra forma de exploração sexual de menor, rufianismo e por servir bebida alcoólica a menor de idade. Conforme o delegado Honório Gonçalves dos Anjos Neto, as garotas de programa recebiam ainda comissão por bebidas ingeridas pelos clientes.