Justiça manda soltar MC Poze com restrições; confira as medidas 621v6f
O desembargador Peterson Barroso Simões, da Segunda Câmara Criminal, considerou que não havia elementos que justificassem a necessidade da prisão para o andamento das investigações. 732w1p
A Justiça do Rio de Janeiro concedeu, nesta segunda-feira (2), habeas corpus ao cantor Marlon Brendon Coelho Couto, conhecido como MC Poze do Rodo, preso no dia 29 de maio por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas e apologia ao crime.
A decisão revogou a prisão temporária e determinou a liberdade do artista sob cumprimento de medidas cautelares. Mas até a publicação da reportagem, a decisão não havia sido cumprida e o cantor continua no presídio de Bangu 3.

O desembargador Peterson Barroso Simões, da Segunda Câmara Criminal, considerou que não havia elementos que justificassem a necessidade da prisão para o andamento das investigações. Ele também criticou a forma como a prisão foi executada pela Polícia Civil, afirmando que houve exposição midiática excessiva e tratamento desproporcional ao artista.
Apesar de solto, MC Poze terá que cumprir as seguintes exigências impostas pela Justiça:
- Comparecimento mensal em juízo até o dia 10 de cada mês;
- Proibição de sair da Comarca durante a análise do habeas corpus;
- Manter telefone de contato atualizado com a Justiça;
- Não mudar de endereço sem comunicar o juízo;
- Proibição de contato com investigados, testemunhas e membros da facção Comando Vermelho;
- Obrigação de entregar o aporte à Justiça.
Segundo a defesa, a decisão “restabelece a liberdade e dá espaço à única presunção existente no direito: a de inocência”.
A prisão de Poze havia sido determinada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que o investiga por shows realizados em comunidades dominadas pelo Comando Vermelho com a presença ostensiva de traficantes armados.
A polícia afirma que o repertório do artista faz apologia ao tráfico e ao uso de armas, sendo utilizado pela facção para alavancar lucros com o tráfico de drogas.
A entrada de MC Poze no sistema prisional fluminense também gerou polêmica: em seu prontuário, ele declarou ligação com o Comando Vermelho, sendo, por isso, encaminhado para o presídio Bangu 3, onde estão outros membros da facção.