Mudança na Homicídios foi feita sem planejamento junto à unidade 5w3v5g

Delegado-geral, Roberto Gurgel, disse que delegacia tem menos inquéritos do que a média na corporação 6s4g4o

Desde terça-feira (9) a DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) é a responsável por investigar todos os homicídios, tentados ou consumados, que não tenham a autoria identificada em Campo Grande.

Essa mudança, no entanto, não foi feita em conjunto com a unidade; ao contrário, as equipes só descobriram sobre ela no Diário Oficial do Estado.

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Delegado-geral Roberto Gurgel, durante coletiva de imprensa (Foto: Ana Lívia Tavares)

Nesta quarta-feira (10) o delegado-geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel, afirmou em coletiva para a imprensa que a decisão de centralizar os casos de homicídio sem autoria na DHPP aconteceu após um estudo que mostrou que a delegacia é uma das menores em números de inquéritos.

Ele foi indagado se houve planejamento junto à equipe da DHPP, mas não respondeu, ando a falar de dados coletados pela chefia da corporação.

Hoje, a unidade, localizada no bairro Amambaí, tem dois delegados, quatro escrivães e oito investigadores. Segundo o delegado-geral, essa estrutura é suficiente para comportar mais trabalho.

“Nós vamos nos organizar para que seja feito o reforço se necessário, mas eu como gestor tenho várias delegacias para cuidar. Obviamente que a delegacia de homicídios, pelo crime de homicídio, é de extrema importância, mas eu tenho uma tabela, que nós fomos estudar, então eu tenho um quadro de média de investigação por delegado e delegacia de homicídios é uma das menores do estado. Os delegados da Delegacia de Homicídios tem 48 inquéritos cada um, enquanto os delegados das delegacias aqui da capital em uma média de 218”.

Roberto Gurgel, delegado-geral da PCMS

Ainda de acordo com o delegado-geral, com a nova regra na divisão das investigações, o aumento no número de casos na unidade será pequeno; isso porque no ano ado de todos os casos de homicídio registrados no estado, 37% foram sem suspeito, os outros 62% foram com autoria conhecida.

“Nós estamos falando de 1/3 dos crimes que serão encaminhados para a DHPP. A realidade atual é de uma delegacia que ainda tem força de trabalho para absolver esse aumento”.

Roberto Gurgel, delegado-geral

Do outro lado da ponta, no entanto, as equipes da DHPP sequer foram consultadas sobre a mudança, apurou a reportagem.

Ao Primeira Página ,o delegado titular da especializada, Carlos Delano, informou ter sido comunicado de que haveriam mudanças pelo diretor do Departamento de Polícia Especializada, mas que os detalhes só pôde ler na publicação da portaria no Diário Oficial.

“Não fomos procurados para tratar da realidade, das peculiaridades da unidade policial ou para ter nossa visão considerada. Vamos cumprir o que diz a portaria.”

Delegado Carlos Delano

O delegado não quis comentar os números revelados pelo chefe da Polícia Civil, por desconhecer o teor.

Além dos crimes de homicídio, a DHPP tem por atribuição investigar o desaparecimento de pessoas, os crimes motivados por intolerância religiosa, preconceito racial, ou de gênero, e também pelos homicídios decorrentes de intervenção policial praticados por policiais civis, ocorridos em todo o Mato Grosso do Sul.

Apesar disso, durante a coletiva, Gurgel reforçou que a portaria foi pensada para corrigir as atribuições da delegacia, que até então, eram vagas. Segundo o delegado-geral, antes a DHPP recebia os casos apenas depois que ficavam seis meses sem que a autoria fosse identificada.

“Se trata de um critério que não permite aquilo que a gente chama de solução de continuidade, o que é isso, eu começar algo e você ter que terminar, isso na investigação, na grande maioria das vezes é prejudicial”.

Roberto Gurgel, delegado-geral

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Sem aumento efetivo na estrutura nem implatação de atendimento em regime de plantão, a DHPP vai contar com as equipes plantonistas de outras dependências para dar os primeiros os nas investigações.

Ainda conforme Gurgel, o GOI (Grupo de Operações e Investigações) continuará sendo o primeiro a ir nos locais de crime e o a produzir um relatório para auxiliar na apuração.

De acordo com o chefe da PCMS, vai ser elaborada padronização de procedimentos em local de crime, pedido que partiu do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), em recomendação publicada esta semana.

Os promotores do Gacep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial) e do grupo Nojúri, que atuam nos julgamentos de homicídios, recomendaram que todos os casos de assassinato em Campo Grande sejam enviados para a DHPP.

Gurgel disse que essa medida é uma tendência, porém não tem como ser atendida na realidade atual.

A recomendação do Ministério Público deu prazo de 60 dias para uma resposta.

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