Saiba quem são os alvos da PF contra grilagem de terras no Pantanal de MS 262041
Advogado, empresários e funcionários da Agraer estão envolvidos no esquema 513uk
A operação contra um esquema de grilagem de terras da União no Pantanal sul-mato-grossense na manhã desta quinta-feira (8), teve como alvo advogado, empresários e funcionários da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul), entre eles, o ex-diretor do órgão, André Nogueira Borges.

Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos, parte deles em condomínios de luxo de Campo Grande, durante a operação Pantanal Terra Nullius.
Segundo apurado pela reportagem, a ação desta quinta-feira não teve prisões em flagrante. Os investigados são:
- Mário Maurício Vasques Beltrão, engenheiro cartógrafo – Sócio da empresa Toposat Engenharia Ltda
- Bruna Feitosa Beltrão Novaes, engenheira sanitarista e ambiental – sócia da empresa Toposat Engenharia Ltda
- Gustavo Feitosa Beltrão, advogado – sócio da Toposat e advogado das áreas cível, imobiliária, agrária, ambiental e empresarial
- Nelson Luis Moia – ligado a empresa Toposat Engenharia Ltda
- Elizabeth Peron Coelho – empresária e pecuarista
- André Nogueira Borges – ex-diretor-presidente da Agraer
- Evandro Efigênio Rodrigues – funcionário da Agraer
- Jadir Bocato – gerente de Regularização Fundiária da Agraer
- Josué Ferreira Caetano – funcionário da Agraer
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Segundo a polícia, todos os alvos são suspeitos e envolvimento em um esquema de apropriação de terras da União com uso de documentos falsos. Os investigados são acusados de fraudes na emissão e comercialização de CRA (Cotas de Reserva Ambiental) – ou TCRAE (Títulos de Cota de Reserva Ambiental Estadual).
Consta na investigação que empresários e fazendeiros da região, com ajuda de servidores da Agraer, falsificavam documentos e os inseriam em processos istrativos de titulação para obterem áreas situadas dentro do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, localizado em faixa de fronteira entre Brasil e Bolívia.
Segundo a PF, os responsáveis omitiam que as terras eram da União e assim, conseguiam a regularização pela Agraer. Para isso, eram realizados pagamentos de propina, até a emissão de títulos irregulares.
Ao todo, são cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Campo Grande e um em Rio Brilhante. A reportagem apurou que os policiais estão no Residencial Damha, no Alphaville, no Terraville e também na Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural).
Mandado de busca também foi cumprido na empresa Toposat Engenharia.
Além disso, a Justiça determinou sequestro de bens e bloqueio de valores que podem superar R$ 3 milhões.
O outro lado 5v94o
A equipe de reportagem procurou todos os envolvidos, mas não obteve contato.
Em nota, o Agraer informou apenas que acompanha a operação e que novas informações devem ser divulgadas ao longo do dia. O Governo do Estado também se manifestou. Por meio da assessoria de imprensa afirmou que colabora com a apuração.
“Tão logo tenhamos novas informações acerca das investigações, as medidas cabíveis serão tomadas”.
Nota Governo do Estado