Vizinha que ajudou réu a enterrar corpo do namorado tem processo suspenso 4b234c
Maria Nazaré Carneiro da Silva sugeriu ao trio de assassinos que jogasse cal sobre o corpo da vítima para evitar o mau cheiro 5a3o6w
Maria Nazaré Carneiro da Silva conseguiu a suspensão do processo em que ela é acusada de ajudar a esconder o corpo de Wagner Vicente Pereira da Silva, de 30 anos, em Campo Grande.
O crime ocorreu no dia 19 de novembro do ano ado, data em que Wagner foi encontrado enterrado no quintal de uma residência na rua dos Barbosas, no bairro Amambaí.

Nazaré responde pelo crime de ocultação de cadáver e é a única dos quatro acusados do assassinato que está em liberdade provisória. Estão presos pelo assassinato: Andres Adonis Fajardo Llovera, de 29 anos, Talles Silva dos Santos, de 19 anos e Everson dos Santos Alencar, de 35 anos, namorado de Wagner.
Por 3 anos e2k21
Com base nos elementos da investigação, a promotoria propôs a suspensão do processo, pelo prazo de três anos, mediante o comprimento de duas condições.
Nazaré terá de comparecer pessoalmente a cada dois meses em juízo para comprovar seu endereço e trabalho; e também está proibida de se ausentar da cidade, sem autorização do juízo, por mais de dez dias.
A própria defesa da acusada concordou com as medidas sugeridas pelo MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul). O juiz Aluízio Pereira dos Santos, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, também acatou a sugestão da promotoria e suspendeu o processo.
Na prática, isso significa que após o prazo estabelecido pelo juiz, caso cumpra todas as exigências, Nazaré pode até ser inocentada da acusação.
Ocultação de cadáver 6f5cs
Conforme a denúncia do MPMS, antes do corpo ser enterrado, Nazaré, que era vizinha da vítima, notou a movimentação da casa e descobriu o crime. Em vez de chamar a polícia, ela orientou que eles jogassem cal no corpo para evitar que o cheiro chamasse atenção.
Nazaré trabalhava em uma funerária e por isso, sabia o que fazer para diminuir o odor da decomposição do corpo. A participação dela só foi descoberta pela polícia durante os depoimentos dos outros presos.
No local do crime, a polícia encontrou pacotes de cal e cimento na residência. Os indícios levantados ao logo da investigação levantaram a suspeita de o trio pretendia cimentar o local onde o corpo foi enterrado.
Vingança, ciúmes e “ada de mão” 6n5i6j
Conforme a investigação conduzida pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), Vicente foi agredido e, em seguida, asfixiado com um fio elétrico.
Everson e Talles seguraram a vítima pelo pescoço, enquanto Andres enrolou o fio no pescoço da vítima e o asfixiou até a morte.
Ainda segundo a denúncia, Everson praticou o crime por ciúmes da vítima por acreditar que Vicente estava saindo com outras pessoas.
Já Talles disse ter agido por vingança, pois a vítima teria supostamente ameaçado que informaria a um antigo credor acerca do paradeiro do acusado.
Por outo lado, Andres argumentou que participou do assassinato, porque Vicente já teria “ado a mão na bunda” dele.